sábado, 16 de fevereiro de 2013

Tão perto, tão longe



Lembro-me bem. Em uma ensolarada e quente tarde em um domingo de novembro, foi dito: “Nós vimos que ela não estava feliz com a situação”. Não precisava ser nenhum gênio para notar tal fato. A moça estava triste e ficava a cada dia mais desesperada para reverter a situação e finalmente viver seu amor, até então proibido.
Depois de muita espera e insistência, enfim puderam concretizar seu relacionamento. Mas como nem tudo é o que parece, eles perceberam que, na realidade, não tinham autonomia para ser felizes juntos, à sua maneira.
A moça vive momentos felizes. Momentos rasos de felicidade que vêm e passam tão depressa... O rapaz vive em agonia, por estar sempre de mãos atadas quanto a essa situação. Mas a pergunta que tem me incomodado há algum tempo é: Eles não vêm que agora ela encontra-se ainda mais infeliz?
Um pássaro aprisionado em sua gaiola sente-se mais livre que ela. Acontece que a cada dia a menina piora. Mais sensível, mais revoltada, mais triste. Tenho medo de que venha a adoecer. O que a mantém lúcida é o amor dos dois, que é o que há de mais sublime em suas vidas e a esperança de tudo isso mudar.


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