quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sai de mim, invejinha branca!


Você passa a semana cuidando de suas unhas para que elas cresçam fortes e saudáveis. No final de semana decide pintá-las, para sair. Então, encontra uma conhecida que elogia o comprimento, a cor do esmalte e a beleza de suas unhas, caminha por mais dez minutos e 'puft' uma das unhas está quebrada. Coincidência? Acho que não.
Você usa uma linda gargantilha com um belíssimo pingente, vem uma fulana e insinua, maldosamente, qualquer coisa sobre o pingente ter um valor espiritual que não condiz com os seus e você automaticamente ignora o veneno lançado. em menos de vinte minutos a gargantilha arrebenta, sem nem ao menos alguém ter encostado nela.
São coisas "sem importância" que, com a correria do dia-a-dia, sequer percebemos. Porém, esteja atento à estes detalhes  para aprender a discernir entre comentários saudáveis e a cobiça das pessoas que o cercam.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Tão perto, tão longe



Lembro-me bem. Em uma ensolarada e quente tarde em um domingo de novembro, foi dito: “Nós vimos que ela não estava feliz com a situação”. Não precisava ser nenhum gênio para notar tal fato. A moça estava triste e ficava a cada dia mais desesperada para reverter a situação e finalmente viver seu amor, até então proibido.
Depois de muita espera e insistência, enfim puderam concretizar seu relacionamento. Mas como nem tudo é o que parece, eles perceberam que, na realidade, não tinham autonomia para ser felizes juntos, à sua maneira.
A moça vive momentos felizes. Momentos rasos de felicidade que vêm e passam tão depressa... O rapaz vive em agonia, por estar sempre de mãos atadas quanto a essa situação. Mas a pergunta que tem me incomodado há algum tempo é: Eles não vêm que agora ela encontra-se ainda mais infeliz?
Um pássaro aprisionado em sua gaiola sente-se mais livre que ela. Acontece que a cada dia a menina piora. Mais sensível, mais revoltada, mais triste. Tenho medo de que venha a adoecer. O que a mantém lúcida é o amor dos dois, que é o que há de mais sublime em suas vidas e a esperança de tudo isso mudar.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Uma questão de perspectiva


O fotógrafo israelense Abba Richman é conhecido por seus trabalhos peculiares, por assim dizer. Tendo um talento nato para a fotografia, Abba não gosta de fotografar belas paisagens, crianças sorrindo ou animais fofos. Abba fotografa tudo o que há de comum em nosso dia-a-dia. A beleza que nos passa despercebida. Abba fotografa objetos, fotografa até mesmo o lixo e dali ele extrai a beleza que em função da correria em que sempre estamos não notamos.
Aqui estão dois trabalhos do fotógrafo sobre o alfabeto:





Que nos sirva de lição para estarmos mais atentos ao que nos cerca. 
Mais alguém se apaixonou por tanto talento?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Um brinde à insensibilidade do século XXI




Gosto de velharias. Livros velhos, objetos velhos, músicas velhas. A modernidade chegou a um ponto em que já não me satisfaz. As histórias perderam o sentido, as músicas a inspiração. Onde foram parar? Em um tempo distante, onde tudo era mais bonito, mais melódico. As crianças costumavam ser crianças, e os adultos, bem, esses, em instantes de nostalgia e alegria, sempre voltavam à inocência da doce e perdida infância. Os jovens iam a luta, unidos, contra as injustiças; Faziam manifestos, protestavam, conheciam a força e o poder que estava em suas mãos e, assim, mudavam realidades.
Já são tempos passados, tempos que quero viver. Quero amizades cobertas por inocência e os sentimentos mais explosivos: alegria, entusiasmo, euforia, felicidade, AMOR. Quero uma geração que nunca perca o brilho da esperança em seu olhar. Coisas que deixaram de existir antes que eu pudesse desfrutá-las. São detalhes, sutilezas, mas, no final, são o que adoçam a vida e fazem AQUELA diferença.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Amor que transborda



Aí o telefone toca, o coração dispara e atendo ansiosa sem ao menos checar o número, mas a voz que soa do outro lado da linha não é a que eu desejo. Essa distância está me matando. Antes eu tinha medo de começos, medo do novo; Hoje eu temo o fim. A cada minuto sem ouvir sua voz me sinto mais frágil, como se um pequeno caco de vidro pudesse me destruir. Isso porque eu só me sinto segura no aconchego de seus braços, o melhor lugar do mundo para que eu esteja.
É difícil, cada vez mais difícil, não me abalar com essa distância, pois tudo o que mais quero é jogar tudo para o alto e correr ao teu encontro. Mas não faço. Não faço pelo sofrimento que causaria a tantas pessoas. Então, eu guardo para mim esse aperto que sinto sempre que me afasto. Porque eu sei que isso vai passar!
Eu faço isso por nós. Adio a realização de meus desejos para termos um futuro juntos. E nesse futuro só terá espaço para nós dois, para o nosso amor. Um futuro que será lido em livros, que irá substituir os contos de fadas por ser mais belo e verdadeiro! Quem poderá dizer o contrário?! Ninguém. Afinal nenhum outro ser humano pode entender a dimensão desse amor!