Todas à espera do príncipe encantado... Aquele que traz
flores, trata com carinho, que lhe escuta, a respeita, alguém para andar de
mãos dadas, para ter um diálogo saudável e interessante, alguém sincero,
honesto, galante, cavalheiro, e se vier em um cavalo branco então? “Nossa, esse é pra casar.” Isso é o que os
irmãos Grinn e, naturalmente, a Walt Disney querem que acreditemos, mas no
fundo, nós mulheres, sabemos que toda essa perfeição não é o suficiente para
nos tirar da realidade, nos fazer voar. Gostamos, e quem disser que não estará
mentindo, do antagonista. Aquele que quebra as regras de vez em quando, que
tempera a relação – e quanto mais quente o tempero, melhor. Todos os atributos
dos príncipes são sim louváveis, mas chega uma hora – e ela nunca demora – em
que isso cansa, cai na monotonia, como tudo que é perfeito demais. Uma mulher
prefere um bom diálogo a uma pegação? Tá pode ser, às vezes é melhor uma
conversa olho no olho para estreitar os laços, mas o que alimenta uma paixão
são os momentos ardentes, onde nos entregamos à carne. Príncipe no cavalo
branco não proporciona isso, mas quem sabe um sapo? Aquele que foge aos padrões
pré-estabelecidos pelos contos de fadas, que une o melhor do príncipe que todas
esperam – e acabam abandonando quando encontram por faltar paixão – e do sapo –
com aquele ar de safado que conhece o poder que exerce no sexo oposto, que faz
qualquer uma enlouquecer. Então, fada madrinha, é um destes que precisamos, nem
muito encantado, nem muito humano, na medida certa.
